segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Gestão por competências no setor público: é possível?



   Segundo o dicionário, a palavra competência significa aptidão para cumprir alguma tarefa ou função. Através dessa perspectiva pode-se refletir também sobre a gestão por competências no setor público. Essa em si, consiste em identificar em cada profissional ou servidor determinados conhecimentos em que têm domínio sobre, ou seja, sob o ponto de vista técnico é tomar as habilidades específicas de cada funcionário em função de um resultado satisfatório para a organização.
  No setor privado reconhecer competências é um processo mais simples e flexível. Isso ocorre pelo fato de que as aptidões de cada funcionário podem ser reconhecidas por meio de dinâmicas e essas podendo serem feitas de diferentes formas. Já no setor público, esse processo é limitado e deve ser visto com atenção já que os métodos de inserção de um indivíduo no meio público é feito de uma forma bem diferente. 
   Em um primeiro momento é importante destacar que um dos meios de ingresso no setor público se dá através do concurso público e é por meio dele que é possível entender a dificuldade em se implantar a gestão de competências. O passo inicial do concurso é o recrutamento, e é a partir dele que serão induzidos indivíduos a se candidatarem a determinado cargo. Dentro disso, sabe-se que mesmo com as especificações da função pré-estabelecidas há vários fatores que levam um candidato a demonstrar interesse por determinada vaga e um deles é o dinheiro, ou seja, o desenvolvimento de tarefas no setor público acontece não somente por aptidão dos funcionários para isso, mas muitas das vezes apenas por conveniência dos mesmos. É nesse ponto que a gestão de competências encontra um problema: como distinguir habilidades, comprometimento, atitude de diferentes indivíduos, se não há um método específico para tal desde o começo?
  Por se tratar de um âmbito pouco flexível, identificar competências no serviço público exige reflexão e análise. É necessário entender os diferentes profissionais, percebe-los dentro da organização e os ajustar afim de desenvolver práticas que dominem e que se sintam capazes de desenvolver de forma a otimizar setores distintos. Faz-se indispensável ressaltar também que não se deve reduzir profissionais a apenas habilidades técnicas, mas sim enxergá-los diante da forma em que se comportam.


Texto escrito pela aluna de Administração Pública da Universidade Federal de Lavras, Ana Luiza Alves.

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